segunda-feira, 9 de julho de 2007

Quanto mais eu vivo, mais eu aprendo sobre a vida, e mais destrambelhada eu fico, sobretudo porque viver é muito doido!

Não encontrei maneira melhor de retomar meus devaneios do que a partir dessa frase. Proferida durante uma despretensiosa conversa por MSN, não é que ela fez sucesso? Tudo o que eu queria era expressar a minha perplexidade com a vida, em sua totalidade. Quanto mais paramos para refletir, e tentar compreender o porquê das coisas, ou pelo menos encontrar lógica na maneira como as coisas acontecem, esta se torna uma busca incessante, uma vez que não chegamos a lugar nenhum. Virei filósofa, tudo fruto de meses de ócio pós melhor viagem da minha vida. Para quem não sabe – a maioria de vocês, pelo menos eu espero, porque significa que esse texto está sendo bem divulgado – eu acabei de voltar de 4 meses de work experience, que simplesmente mudaram totalmente a minha maneira de ver o mundo e de me relacionar com as pessoas. Me tornei uma pessoa mais humana, mais sensível, mais vivida, mais madura, sobretudo a ponto de admitir a própria fragilidade, embora ainda não saiba como lidar com ela. Hoje me sinto uma adulta. No entanto, essa mesma experiência que abriu a minha cabeça, me fez levantar diversos questionamentos.
Ao me deparar com todo esse mundo que existe lá fora, meu mundinho caiu: a vida é muito mais do que a rotininha que eu tinha antes de embarcar para os EUA! E agora? Desde que voltei, não consigo mais ver a minha realidade da mesma maneira que via antes...agora que sei de tudo o que existe lá fora, eu posso perceber a fragilidade desse mundinho em que eu vivo. De uma hora para outra, como num passe de mágica, tudo pode desmoronar! Visão pessimista? Talvez...mas a grande questão é...a vida é feita de fases, que nos fazem sofrer e nos levam a recomeços. Existem recomeços forçados, como casos de morte, que nos fazem tomar a frente de situações que não gostaríamos, ou assumir papéis que não estamos prontos para exercer. E existem recomeços por opção, quando decidimos jogar tudo pro alto e começar uma vida nova em outro lugar, mas com aquela certeza de que, se algo der errado, é só voltar correndo pro nosso mundinho porque ele continua lá, intacto, à nossa espera.
Todas essas reflexões e possibilidades me levaram a cultivar uma série de inseguranças, que antes nunca tinham passado pela minha cabeça. Passei a sofrer muito mais, simplesmente por me sentir mais consciente de tamanha complexidade da vida. E se eu não souber fazer as escolhas certas? E se em algum momento eu ficar sem saída? E se me sentir confusa e não souber o que fazer? Me tornei uma pessoa mais depressiva, sofria por tudo e a todo momento. Não entendia como era possível passar momentos de tanta felicidade e depois cair no nada, não ver mais graça e nem felicidade em lugar nenhum.
Uma vez conversando com minha mãe, ela me disse que eu havia amadurecido, e que a realidade da vida era aquela, não era nenhum mar de rosas. Me tornei mais decepcionada ainda, já que percebi que a vida tinha mais momentos ruins do que bons. Comecei a questionar: pra quer ser feliz se tudo vai piorar depois? Estava enlouquecendo, estava ficando pior do que a segunda geração romântica. Mas então, comecei a perceber, que pra cada obstáculo, cada dia difícil que tivesse, poderia esperar por algo de bom para consolar. E é assim que vivemos, passamos a semana inteira esperando pelo fim de semana, quando encontraremos nossos amigos, namorados, familiares e afins, e enfim, relaxaremos e nos divertiremos. A proporção da vida é essa: 5 dias difíceis para 2 ou 3 dias bons. E é assim que vivemos, contornando os problemas com as pequenas alegrias da vida.
Não existe vida perfeita e nem pessoas totalmente felizes, estilo comercial de margarina. A felicidade está em saber reconhecer e valorizar os pequenos bons momentos da vida e, porque não...nos agarrarmos a eles, como uma injeção de ânimo para quando tivermos vontade de desistir e jogar tudo pro alto. A vida está aí, para ser vivida, experimentada...devemos arriscar, e esperar sempre o melhor de tudo, e encarar os problemas e desafios de cabeça erguida.

5 comentários:

Anônimo disse...

agora que sei de tudo o que existe lá fora, eu posso perceber a fragilidade desse mundinho em que eu vivo



depois comento melhor
mas essa frase foi uma das melhores
te amo

Anônimo disse...

Mto legal sua frase:
"Não entendia como era possível passar momentos de tanta felicidade e depois cair no nada, não ver mais graça e nem felicidade em lugar nenhum."
concordo plenamente c isso e gostaria q alguem respondesse como fugir disso.... Chegar a essa conclusao, apesar de obvia, é dificil. Agora chegar a resposta q eu quero ver

bem maneiro o seu textinho hein. e a concordancia e o portugues estao fantasticos HUAHUAHUAHUA

bjos

Anônimo disse...

Depois de uma certa pressao..... venho aqui escrever meu humilde recado uhauahauhaa

Primeiramente venho parabenizar esta pequena grande iniciativa de fazer este bloguito. Pois nao existe nada melhor que houvir frases classicas como "sobretudo porque viver é muito doido!"
genial!!!!!!!!!!!!!!
Continue assim!!!!!
bjs.

Anônimo disse...

A-do-rei o texto!!! Acho q o título jah diz tudo, neh?! Tenho certeza q teremos uma nova Cora Ronai, a caminho... ou melhor dizendo, uma Flávia Feijó!ahahhahahahahah
bjus!

Anônimo disse...

pra uma destrambelhada no meio de um mundo doido vc at� que tem umas boas f�rmulas pra viver, hein chaveir�o? viva (ou n�o?) o otimismo!