quarta-feira, 19 de setembro de 2007

A arte de (Não) saber como fazer amigos

Fazer amigos sempre foi um mistério pra mim. Não que não os tenha, pelo contrário, mas o fato é que nunca sei como me torno amiga deles. Quando me dou conta, lá estão eles, andando comigo pra cima e pra baixo, me confidenciando coisas e vice-versa, deixando saudades. Ao mesmo tempo em que acho isso interessante, já que podemos perceber que as minhas amizades são processos absolutamente espontâneos, existe um mero detalhe: não sei fazer amigos por interesse.
Aquilo que tem tudo para ser uma virtude, pode se tornar um problema em determinadas situações. Venho tentando ser sociável e simpática na maior parte do tempo, pois quero conhecer pessoas novas. Até agora, nada tem dado certo. Continuo fazendo a linha não se aproxime. Os professores dizem que sou séria demais, aqueles que não me conhecem, que sou tímida – mal sabem eles. Basta uma festa, e pronto, virei fofoca! Sabe aquela menina, a Flávia? Aquela quietinha, super calada, com cara de santa...tava parecendo uma louca naquela festa...como pode, né? Comigo sempre foi assim, minhas amigas que o digam. Sou rotulada de santa, sabe-se lá porque. Há quem diga que sou tranqüila, que não me incomodo com as coisas. Ah, poucos aqueles que me conhecem, de fato!
Falando em ser sociável, ando muito confusa.
Não sei mais quando incomodo em uma roda de conversa. Outro dia encontrei uma amiga e um conhecido conversando. Pessoa sociável que sou, me juntei a eles na conversa. Mais tarde, fiquei sabendo que estava atrapalhando alguma coisa. Eu, em minha concepção inocente, pensei que, uma vez que o indivíduo tivesse namorada, não estaria atrapalhando nada – besteira minha! Hoje em dia, não sabemos de mais nada. Relacionamentos não significam mais impedimento de ficar com outras pessoas, a lógica tradicional homem e mulher já se foi há muito tempo. Relacionamento a dois então? Não necessariamente! Às vezes, você se junta a um trio pra conversar, e está atrapalhando os planos futuros deles.
Não sei muito bem como cheguei a esse imenso parênteses no meio de meu texto sobre amizade. Talvez haja algo de pós-moderno, de desconstrução por aqui, influências de Rose Marie talvez. Não que eu queira competir com seu belíssimo texto, obviamente, até porque são estilos diferentes. Enfim, a pós-modernidade é legal, mas dificulta minha vida. Tento driblar o individualismo, a vontade de ouvir o meu ipod e esquecer do mundo, tento parecer sociável. Eis que, quando menos se espera, estou segurando vela! Ah, esse mundo está muito complicado...
Gente...pára o mundo que eu quero descer!

4 comentários:

Anônimo disse...

pára o mundo que eu quero descer [2]

não preciso falar mais nada. nesse texto vc já disse tudo
tudo que eu tenho pensado e sentido
e sabe aquela flavinha quietinha, santinha...? esquece ;)
iuahiuahaiua

Anônimo disse...

Po
e eu pensei q o primeiro comentario fosse ser o meu !!!
Bem. jah falamos disso na praia.. e eu achei bem legal como vc retratou o assunto
mas pera la ! palmas pra ultima frase !
EU ADOREI uhahuauhahau ficou mto bem colocada
qlq dia vou querer postar um artiguinho por aqui tbm.
agora vou dormir. meus 10 minutos diarios na tempo livre estao acabando.. bjossss

Unknown disse...

Espero que você esteja certa quando aos "planos futuros". Adorei o texto!!! Tenho que assumir, deletei meu blog porque não chegava aos pés do de vocês. heheheh Bjos

Anônimo disse...

Amiga... Puxa a cordinha que tb já está na minha hr! hahahahahaha...adorei o texto.
bjocas